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sexta-feira, 12 de julho de 2013

CASO FLÁNIO MÂCEDO: UM ANO DA TRAGÉDIA QUE CHOCOU O ESTADO

 Dia 10 de julho de 2013, um ano da morte do garoto Flánio Mâcedo, morto em um ritual de magia negra em São Domingos distrito de Brejo da Madre de Deus.
 A produção do Agreste Notícia levou 26 dias para a realização desta matéria especial que trás informações exclusivas sobre a morte que chocou o estado de Pernambuco.
 Todas as informações que seguir, são baseadas em entrevistas e imagens exclusivas. 
DRAMA DA FAMÍLIA – O drama da família do garoto Flánio da Silva Mâcedo, que tinha 9 anos de idade, iniciou no domingo, dia 01 de julho de 2012, quando menino por volta das 06h00min, saiu de sua residência para pegar frete na feira livre de Santa Cruz do Capibaribe. Desde então, Flánio teria desaparecido e a única informação que a família tinha sobre o garoto, era que ele tinha sido visto empurrando sua carroça-de-mão na companhia de uma pessoa de aparecia velha. Na oportunidade o Agreste Notícia divulgou a desaparecimento da criança. Clique AQUI para relembrar.
 Após dez dias, mais precisamente no dia 10 de Julho de 2012, o pior foi anunciado. O corpo foi encontrado por populares em uma encruzilhada localizada na estrada das Camarinhas na zona rural de Brejo da Madre de Deus, a aproximadamente 1km do Distrito de São Domingos. Clique AQUI e relembre matéria o caso.
 O crime brutal chocou a população, tendo em vista que, os assassinos deceparam a cabeça do menino, além de fortes evidencias que a vítima teria sofrido violência sexual.
 Após uma busca na área do crime, foi constatado que o garoto havia sido vítima de um ritual de magia negra. Na oportunidade o Delegado Antônio Dutra já havia levantando a questão. Clique AQUI e veja matéria realizada com o Delegado no dia em que o corpo foi localizado.
 No dia seguinte, o primeiro acusado, Genival Rafael da Costa, se entregou na Delegacia de Polícia de São Domingos, temendo ser lixado pelos moradores revoltados. Clique AQUI para ver matéria.
 A notícia de que o acusado teria se entregado juntamente com a esposa, Maria Edileusa, também envolvida no crime, se espalhou rapidamente, e aproximadamente cinco mil pessoas se aglomeraram em frente a unidade Policial, tentando invadir a Delegacia para fazer justiça com as próprias mãos. Na oportunidade ouve confronto com a Polícia e muitos protestos. Clique AQUI para ver matéria.  
 As Polícias Militar e Civil deram inicio as investigações baseando-se no relado de Edileusa e conseguiu prender os outros dois envolvidos, que foram apresentados na Delegacia e recolhidos no Presídio. Relembre matéria AQUI.
 Várias fotos de rituais de magia negras, aonde mostravam envolvimento dos acusado em rituais macabros foram localizadas nas residências dos mesmos.Clique AQUI e relembre.
MÃE DE FLÁNIO FALA COM EXCLUSIVIDADE AO AGRESTE NOTÍCIA E DIZ EMOCIONADA; “MEU FILHO NÃO MORREU, ELE ESTÁ VIAJANDO E VAI VOLTA”
 A Dona Elisabete Amara da Silva, de 35 anos de idade, nos recebeu em sua residência e falou sobre o drama que tem vivido com a saudade de seu filho. Tivemos que interromper a entrevista por várias vezes, devido o estado emocional da mesma, que após a tragédia se mudou para um Sítio na zona rural de Santa Cruz do Capibaribe, onde mora com o marido e mais dois filhos ainda crianças.
 Na oportunidade ela relatou que, sempre pensa no garoto Flánio e que está sendo muito difícil à distância. “Na hora que estou comendo me lembro dele, quando vou dormi, só consigo se tomar remédios, pois não consigo mais dormir. A saudades é muito grande, não me esqueço dele, o que fizeram com ele, quero que eles paguem. Esse tempo sem meu filho tem sido triste”. Dona Elisabete ainda destacou que não tem nenhuma informação como anda o processo dos acusados e que se sente abandonada pela justiça. “Eles calaram-se, não disseram mais nada, eu fico sem ter nenhuma informação sobre o caso”.
 Perguntamos a ela se conhecia os acusados do crime. A mãe do menino informou que conhecia o “Pai Nau” apenas de vista. Quanto aos outros criminosos, não conhecia e nem tinha conhecimento de que seu filho teria alguma aproximação com os mesmos.
 Em determinado momento, ela (Elisabete) descreveu que Flánio era um menino amoroso, gostava de lhe ajudar e sempre andava com ela. “As últimas palavras que ouvir ele falar foi uma noite antes dele desaparecer, quando Flánio pediu pra eu acordar ele para ir pegar frente de manhazinha. Eu falei que ele não iria, que ele não precisava. Foi quando ele disse que o coleguinha dele estava pegando fretes e que iria mais o colega. Como ele não estava estudando naquele dia. Acordei-lo, dei o boné a ele, dei dinheiro pra ele lanchar e falei; ‘vai com Deus’, desde então, não vi mais ele com vida”, narrou emocionada.
 Segundo a genitora da vítima, o prazer de Flánio era jogar futebol e que teria ido para a feira trabalhar, pois queria comprar uma bola para jogar com os irmãos e os coleguinhas.
 Ela (Mãe) ainda informou que os irmãozinhos da vítima sempre perguntam por ele (Flánio), perguntando quando o mesmo vai voltar. “Sempre digo que ele está com Jesus lá em cima. Pois os demônios só fizeram comer a carne dele, mas a alma dele tá com Deus”.  
 Perguntamos como ela teria recebido a notícia da morte de seu filho –“Fazia alguns dias que estava sem comer direito, por causa do desaparecimento dele.
 No dia, eu tive bastante fome, comi bastante, foi quando chegou à notícia que ele teria morrido. O povo ficava ligando pra perguntar e eu sempre dizia que era mentira. ‘vocês não tem o que fazer, vai procurar uma lavagem de roupas, que meu filho não esta morto não, meu filho está vivo e eu estou esperando ele’, pois eu tinha esperança que ele estivesse vivo. Até hoje tenho esperanças que ele não morreu, que ele tá vivo e um dia ele vai chegar, ele tá viajando, alguém levou ele, mas ele vai voltar, mais sedo ou mais tarde ele volta”, falou muito emocionada a Mãe de Flánio completando; “Esse que morreu não é ele, penso que vestiram as roupas dele em outra criança e ele está vivo”. Dona Elisabete disse ainda que espera justiça, para que os acusados não façam com outra criança o que fizeram com o seu filho. “Só sei eu, o que estou sentido nesse momento. Eles deveriam ter me escolhido, mas não deveria ter feito isso com ele”, disse ela enfatizando que se tivesse a oportunidade de falar com o garoto pela última vez, diria que, estará esperando sempre por ele. 
DELEGADO ANTÔNIO DUTRA FALA QUE NÃO ACREDITA MAIS EM 5º ENVOLVIDO
 Em entrevista concedida também com exclusividade ao Agreste Notícia, o Delegado responsável pelo caso, Dr. Antônio Dutra, revelou que os procedimentos de inquéritos foram feitos e encaminhados à justiça desde o ano passado, quando foram indiciados os quatro suspeitos de assassinar o garoto Flánio Mâcedo. Ainda na ocasião, o Delegado falou que, os indivíduos se identificavam por pais de santos, porém, na verdade não eram reconhecidos pela Federação Pernambucana. “Na verdade, os quatro indiciados, foram acatados pela justiça, tanto é que, a promotoria indiciou os quatro nos mesmos tipos de crimes que eu lhes indiciei”.  
 Indagado sobre boatos que os acusados estariam soltos, o Delegado foi enfático; “Não me foi passado nada de eles houvessem sido liberados. Sei que houve pedidos dos Advogados de Defesa, inclusive com recurso ao Tribunal de Justiça, mas me parece que o pedido de liberação foi negado, tendo em vista que, o crime hediondo não cabe relaxamento de prisão”.
 O Delegado relembrou que no dia teve juntamente com todo o policiamento, que arquitetar um esquema que pudesse garantir a integridade física tanto dos acusados, como da própria população, com o intuito de manter a tranquilidade no Distrito de São Domingos.
 Antônio Dutra revelou que, esse foi o caso de maior repercussão em sua vida profissional. “Já tive uma experiência no Sertão quando um padrasto engravidou a enteada de 9 anos de idade, e que na época a imprensa divulgou o fato e a igreja teria sido contra o aborto provocado por médicos. Mas esse sem duvidas foi o maior até pelo grau de requinte de crueldade utilizado contra essa criança”, destacou.  
 Indagado sobre o 5º envolvido, o Delegado disse não acreditar mais na hipótese de uma 5ª pessoa. “Na época nós chegamos até rastrear onde ele estaria essa pessoas, sendo até ventilado o nome de Erismar, mas as investigações tornaram-se pouco provável a participação de um outro envolvido, toda via que, nós revertemos para a justiça para ser dada continuidade. Na minha opinião pessoal, os quatro sim foram os que provocaram esse crime, por crenças que eles têm, que não sei quais são, quando se sacrificam vidas humanas, mas enfim, por pura maldade deles. Não acredito mais na participação de um 5º elemento”, disse o Delegado salientando que, se algo novo por ventura vier a surgir, a promotoria acionara a Polícia para assim ajudar a elucidar.
 Acusados podem pegar até 30 anos de prisão – O Delegado destacou que, esse tipo de crime no Brasil, tem pena máxima de 30 anos de prisão e que acredita que os imputados deveram ser jugados e condenados ainda esse ano com pena máxima, por ser um grupo pré-determinado a cometer um crime e isso é muito levado em consideração pelo júri.
 A respeito do laudo médico do IML, se houve ou não violência sexual contra o garoto, Dr. Dutra, afirmou não ter tido acesso ao laudo que foi enviado direto a justiça. No entanto, toda a perícia realizada no local e colocada no inquérito foi com o resultado positivo ao extremo. “Tivemos uma das melhores peritas do estado de Pernambuco, Dra. Banja, ela chegou à mesma conclusão que nós já tínhamos chegado”, concluiu. 
RITUAIS DE MAGIA NEGRA CONTINUAM ACONTECENDO EM SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE E ANIMAIS SÃO SACRIFICADOS EM OFERENDAS EM RITUAIS SATÂNICOS
Imagem dos trabalhos que são realizados 
Local aonde acontecem os eventos
Várias pessoas se reúnem para realizar os rituais
Bodes são sacrificados como oferendas 
A imagem são chocantes
A mulher chupa o sangue direto do pescoço do bode poucos instantes após ter sido degolado
O Agreste Notícia teve acesso exclusivo a imagens de novos rituais que estão acontecendo na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, quando animais são sacrificados em eventos satânicos.
 As imagens acima foram feitas há aproximadamente 20 dias e destacam animais como bodes, sendo sacrificados em oferenda satânica. Vale destacar que uma mulher, chupa o sangue direto do pescoço do animal, logo após degolar o mesmo.
 A identidade das pessoas envolvidas nesse ritual serão preservadas devido a não autorização judicial. 
CRIANÇAS CONTINUAM TRABALHANDO VULNERÁVEIS A VIOLÊNCIA EM FEIRAS LIVRE DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE
São Várias crianças de idades entre 9 e 13 anos trabalhando nas feiras livres de Santa Cruz do Capibaribe
O problema já se arrasta a vários anos
 A reportagem do Agreste Notícia visitou a feira livre (feira de fruta) de Santa Cruz do Capibaribe, quando constatou que várias crianças ainda continuam trabalhando vulnerável a violência.
 A imagem acima mostra uma criança aparentando entre 9 e 11 anos, entregando as compras de uma cliente em seu carro, a aproximadamente 50 metros do local da feira. Após a entrega o menino voltou às atividades do trabalho.  
 Muitas pessoas sabendo da irregularidade de uma criança estar trabalhando em um serviço pesado, tão vulnerável, mesmo assim, preferem dar sustentabilidade ao descaso, gerando assim lucro e vicio de ganhar sobre os riscos que são oferecidos naquela feira livre. 
 Procuramos o Conselho Tutelar de Santa Cruz do Capibaribe e conversamos com o Conselheiro Marcos, que nos revelou já ter conhecimento do problema, afirmando que existe até um levantamento de que, cerca de 40 crianças estão praticando esse tipo de atividade, sendo que dessas, 32 são de São Domingos e 8 da Capital da Moda. “Nós temos não só o conhecimento como envolvemos a Secretaria de Ação Social dos Municípios de Santa Cruz e Brejo e todas as autoridades que trabalham com crianças e adolescentes. Marcamos uma reunião plenária na Câmara Municipal com a finalidade de traçar ações efetivas para combater esse tipo de trabalho infantil”.
 Marcos revelou que, após a primeira reunião foi marcada uma ação conjunta para a identificação dessas crianças e a localização dos pais das mesmas, mas que infelizmente as autoridades de Brejo não compareceram. “Mesmo assim foi realizado um trabalho aqui do PETI e da Secretaria de Ação Social, aonde foi constatado o numero de crianças que estão trabalhando hoje nessa feira”, disse o Conselheiro que completou que esse é um problema que já vem se arrastrando há muito tempo e que é um problema social.
 O Conselho Tutelar de Santa Cruz já fez alguns encaminhamentos, mas o problema é os de São Domingos, pois as crianças do Distrito têm que ser acompanhadas pelas autoridades do município de Brejo.
 Marcos ainda destacou que a maneira para se combater esse problema é primeiro identificar quem são os pais das crianças, saber os motivos para as mesmas estarem trambalhando em um serviço pesado e desgastante. Após a identificação, se inteirar se aquela família tem assistência da Secretária de Ação Social e se receber benefícios sociais. “Algumas situações, os pais são dependentes de álcool e drogas, colocam os filhos para trabalhar, quando a maioria deles se encontra em bares. São situações que devem ser apuradas através da Secretaria de Ação Social”, concluiu.
FONTE Do: Jornal Agreste Notícia

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